Edição: Jun 2024
Nº Páginas: 736
Sinopse:Travancor, Costa do Malabar, 1900. Uma rapariga de doze anos tenta dormir nos braços da mãe. Amanhã deixará a casa onde cresceu para casar com o homem a quem foi prometida. O homem que será o seu marido, o novo senhor da sua vida, é trinta anos mais velho, viúvo, com um filho ainda criança. A jovem noiva vai ao encontro do seu futuro tal como foi decidido por outros, tal como a sua mãe e a mãe da sua mãe o fizeram antes dela. O pior dia da vida de uma rapariga é o dia do casamento. Depois, se Deus quiser, as coisas melhoram», dizem-lhe. O viúvo é um bom partido, pois, tal como ela, faz parte da antiquíssima comunidade de cristãos, mas é difícil entender a razão pela qual aceitou uma esposa sem dote, apesar dos rumores que correm de que a sua família é afetada por uma estranha aflição: em cada geração, pelo menos uma pessoa morre afogada. E no que hoje se chama Kerala, a água está em todo o lado, moldando a terra numa teia de lagos e lagoas, acompanhando as existências com o seu canto suave, alimentando-se das monções, ligando tudo no tempo e no espaço. A noiva é acolhida com afeto e, no decurso da sua longa e extraordinária vida, conhece a alegria de um grande amor, sofre a dor de infinitas perdas, assiste a mudanças importantes. A sua família alargar-se-á e retrair-se-á com nascimentos e mortes. Até à chegada de uma neta que receberá o seu nome, estudará medicina e fará uma descoberta chocante. Evocação luminosa de uma Índia em vias de transformação política e cultural, O Pacto da Água, de Abraham Verghese, «expõe o leitor a uma beleza a que de outra forma não poderia aceder» (The New York Times); um livro-mundo de extraordinário poder que encerra todos os acontecimentos preciosos da experiência humana.
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