Edição: Jun 2024
Nº Páginas: 264
Sinopse: o novo thriller de marcelo silva oleg porovich. dono de uma fortuna que o coloca no topo das listas dos mais ricos do mundo, poucos conhecerão o seu nome, mas é ele o mordomo do kremlin que chega a portugal com uma missão mais importante do que os milhões que os seus negócios fazem mexer. a extrema-direita que varre a europa, minando os princípios da democracia e deixando expostos a interferência externa governos e cidadãos, é a sua mais bela criacão. agora, a sombra do oligarca e do seu senhor alastram também a portugal.
«numa viagem de comboio, o tempo passa de forma diferente.» marcelo silva, jornalista envolvido nas investigacões de vários crimes de colarinho branco que fizeram parar o país, olha pela janela do comboio como quem olha pela janela do desencanto. para quê tudo aquilo, afinal, se o que agora lhe resta é a inquietacão frente àqueles que afrontou, o fantasma do envelhecimento que o surpreende e a melancolia de um futuro despojado que o atraicoa? estranha forma de vida, a sua e a do seu país.
Uma mulher desaparecida e um antigo administrador da TAP assassinado, pescadores ilegais da Trafaria que não conhecem outra vida e ministros sem pátria que recebem malas de dinheiro em quartos de hotel, o líder de um partido populista que é na verdade um fantoche na mão do oligarca ¿ Marcelo Silva é um homem acossado no terceiro thriller que Miguel Szymanski lhe dedica. Cada vez o conhecemos melhor, tal como através dele conhecemos uma elite perversa a soldo de um Portugal que não podemos ignorar.
«durante três anos, até leninegrado se voltar a chamar são petersburgo, trabalhara como chefe de turno no krasnaya strela, o seta vermelha, o comboio noturno que durante a noite fazia os 700 quilómetros entre moscovo e são petersburgo. no mesmo ano em que a sua cidade natal voltara ao nome antigo, também o kgb mudara de nome para fsb e oleg porovich, aos vinte e um anos de idade, mudara de tudo: de emprego, de mulher, de situacão económica e de país. largara lastro, deitara para fora as lealdades. fora também nas viagens de comboio que conhecera vladimir vladimirovich putin. assim comecara a sua ascensão. ao ponto de ter acumulado mais poder do que alguma vez sonhara, e dinheiro, rios de dinheiro que brotavam incessantemente e aos milhares de milhões. às vezes tinha de eliminar pessoas. era inevitável. um homem que caminha pelos esgotos pisa baratas, evitá-lo seria uma perda de tempo e não tornava os esgotos mais salubres. nunca fora condenado por qualquer crime.
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