Edição: Out 2025
Nº Páginas: 216
Sinopse: O 25 de Abril de 1974 desencadeou um processo revolucionário, que se concluiu, dois anos depois, com a vitória do modelo de democracia pluralista e forte dimensão social consagrado na Constituição. Esta revolução democrática acabou com o ciclo colonial, recentrou Portugal na Europa e abriu caminho a uma profunda transformação em todos os domínios, da demografia aos padrões de comportamento. Obrigou os portugueses a repensarem-se como comunidade, respondendo à pergunta: quem somos nós, quem queremos ser?
Este ensaio procura interpretar o 25 de Abril e a Revolução a partir da literatura e do cinema produzidos durante ou logo após o seu curso. Para isso, explora o seguinte desafio: se olharmos a partir dos romances de Lobo Antunes, Saramago, Lídia Jorge, Olga Gonçalves, Almeida Faria, ou da poesia de Sophia, Sena, Ruy Belo, Knopfli, ou dos diários de Torga, Vergílio Ferreira e Natália Correia, ou dos filmes de António Reis, Seixas Santos, Fernando Lopes, Oliveira e tantos outros, que Revolução dos Cravos vemos?
«Não trato da cultura como consequência da Revolução. \[¿] O que pretendo é outra coisa: é precisamente olhar para a Revolução a partir da cultura, é usar a cultura como um prisma que permita ver de certa maneira a Revolução. É que a perspetiva cultural, que projeta imagens de certa natureza e conformação, é elemento necessário e principal do que é uma revolução: não há revolução sem as imagens a seu propósito construídas.»
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